quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO.


O significado da palavra trânsito é encontrado em vários locais, no dicionário Michaelis, é “o movimento de pedestres e veículos que transitam nas cidades ou nas estradas”; já no dicionário Aurélio, é o “movimento de veículos e de pedestres considerado em seu conjunto”. Entretanto, logo no primeiro artigo do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), encontramos o conceito de trânsito: “é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga”. Resumidamente, podemos afirmar que fazem parte do trânsito o homem, o veículo e a via. Então, quando nos deslocamos (de veículo, a pé, de bicicleta ou montado em um animal), estamos inseridos no conceito trânsito, fazemos parte dele e também podemos concluir que o trânsito surgiu antes mesmo dos veículos.
Num passado não muito distante, para a existência do trânsito, faziam-se necessários três elementos: a educação, a engenharia e o esforço legal (conhecido como o famoso trinômio do trânsito). Atualmente, outros três elementos foram acrescentados: economia, ecologia, envolvimento social.
Com a evolução dos tempos, surgiram as leis e regras de trânsito com a finalidade de discipliná-lo. Com isso, todos passaram a ter direitos e deveres no trânsito, inclusive os pedestres. O CTB bem definiu isso, ainda no seu artigo primeiro, quando afirma que “o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotarem as medidas destinadas a assegurar esse direito”.
O CTB é rígido, mas nem sempre é obedecido (muitas vezes por falta de conhecimento dos condutores mais novos que estão preocupados em apenas “tirar a permissão” e não a dirigir), tornando o trânsito caótico e com muitos acidentes. O objetivo principal da educação no trânsito deve estar voltado para a prevenção, sempre buscando promover mudanças de atitude e de comportamento com a finalidade de evitar acidentes e, consequentemente, diminuir o número vítimas. Entretanto isso só será possível a partir do momento que houver uma conscientização geral de todos os envolvidos no conceito de trânsito.
Considerando que o trânsito normalmente ocorre em vias públicas e reflete a competição em busca, principalmente, de espaço, conforto e rapidez. Na maioria das vezes, essa proximidade entre os envolvidos (motoristas e pedestres) é considerada uma ameaça ou obstáculo, ocorrendo conflitos, infrações e até mesmo acidentes. A situação surge do nada, e o simples fato de uma das partes sentir-se prejudicada, agredida ou passada para trás, explode diante daquele que julga ser o seu maior inimigo. Esse acontecimento pode ser desencadeado por uma série de fatores (sociais, psíquicos, etc.), tornando o trânsito ainda mais violento.
A solução para os problemas do trânsito vão além da construção de novas vias de acesso, alargamento de ruas e avenidas, construção de pontes e viadutos, etc. Não existe fórmula matemática para a solução, e não será uma atitude isolada que irá solucionar o problema. Para garantir o equilíbrio entre esses interesses é que se estabelecem as regras, normas e as leis de trânsito, entretanto elas estão se tornando ineficazes para evitar as infrações e os acidentes, pois os motoristas não estão preparados e não respeitam o próximo. O motorista e o pedestre precisam urgentemente aprender a dividir espaço. Educar para o trânsito possibilita reverter essa situação e torná-lo mais seguro e humano. Precisamos construir a via da educação, educar não só o motorista, mas o cidadão de um modo geral.
As normas e as leis de trânsito devem ser difundidas e aprendidas nas escolas já que esses alunos serão os motoristas de amanhã. É nessa fase (infância/adolescência) que ocorre a melhor fixação do aprendizado. A educação para o trânsito é direito de todos, e constitui dever do Estado e dos Municípios. Embora a matéria trânsito não foi eleita como transversal pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ela pode ser abordada pela escola como ícone interdisciplinar ou dentro dos temas de Meio Ambiente ou Ética. O mais  importante é que o aluno assimile os conceitos de comportamento seguro nas vias públicas e na condução de veículos e os transmita dentro de casa e para outros condutores.
Difundir e buscar a educação de trânsito tão somente na Semana Nacional do Trânsito não atinge nem o mínimo necessário para que possamos ter um trânsito eficiente e seguro nas vias públicas. A educação para o trânsito deve ser constante e ininterrupta, pois ele é o responsável por uma das maiores taxas de mortalidade, de mutilações e incapacitações (temporárias ou permanentes), além de gerar um prejuízo de bilhões de reais em danos materiais. A educação aqui mencionada não deve ser aquela voltada somente para o conhecimento dos livros, apostilas e internet que produzem um saber superficial e temporário. Deve criar condições para que o aluno construa seu conhecimento, questione e liberte seu potencial considerando o grupo social em que está inserido. Para termos um trânsito seguro e com fluidez, esse conhecimento tem que ser mais prático (adquirido no dia-a-dia) e que, somado à transformação das atitudes individuais em prol da coletividade, possamos salvar milhares de vidas.
O papel da educação voltada para o comportamento seguro no trânsito está inserido no capítulo VI do CTB, mais precisamente, nos art. 74 que estabelece: “a educação para o Trânsito é um direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito” e no art. 76, em que se verifica: “a Educação para o Trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, através de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação”. Em seu parágrafo único, observa-se que: o Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante convênio promoverá:
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de trânsito; e
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito nas escolas de formação para o magistério e o treinamento de professores e multiplicadores.
Podemos afirmar que o trânsito é o entroncamento dos diversos grupos, segmentos e indivíduos da sociedade. É um sistema complexo, do qual dependemos diariamente para desempenharmos nossas atividades, independente de sermos condutores, passageiros ou pedestres. Porém é evidente que, ao assumir o volante, o condutor sente-se em maior vantagem, direito e poder do que o pedestre e do que o ciclista, abusando da condição momentânea em que se encontra. Podemos afirmar que a grande maioria dos motoristas entra nos veículos como se entrasse num ringue de MMA ("Mixed Martial Arts", ou seja, Artes Marciais Mistas). Cortesia, respeito, cooperação, solidariedade e responsabilidade constituem atitudes necessárias para a transformação do comportamento do homem no trânsito. Esse comportamento, tanto dos motoristas como dos pedestres, é uma questão de cidadania, é necessário transformar as atitudes individualistas em prol da coletividade, precisamos acabar com a famosa “Lei do Gerson”.
Sabemos que um exemplo prático vale mais que mil palavras e que as crianças têm facilidade em aprender o que vêem, por isso temos que deixá-las ver apenas o que é certo. Tudo o que fazemos é copiado pelas crianças (em especial pelos nossos filhos), então é muito fácil educar para o trânsito, basta pararmos de cometer infrações, principalmente na presença das crianças e dos adolescentes.

Tenente Coronel PM Augusto Francisco Cação
Comandante do 31º Batalhão de Polícia Militar do Interior.
Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública.
Especialista em Gestão e Direito de Trânsito.
Bacharel em Direito.


Brasil diz não à ideia da ONU de pôr fim à PM


Sob o argumento de que fere a Constituição, o Brasil rejeitou na terça-feira (18) proposta apresentada na Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com a Polícia Militar. De uma lista de 170 sobre políticas de direitos humanos, a recomendação foi a única negada. Para o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares, houve um equívoco na interpretação do texto - uma compilação de sugestões de diferentes países, incorporadas pelas Nações Unidas. Segundo o documento entregue pelo Brasil, publicado na terça-feira (18) no site da ONU, Brasília rejeitou a ideia, da Dinamarca, para “trabalhar na direção de abolir o sistema separado de Polícia Militar”.

Durante a reunião de maio em Genebra, diversos países europeus criticaram abertamente a violência usada pela Polícia Militar e apontaram a preocupação em relação aos números de mortes em operações. A resposta foi clara. “A recomendação não tem o apoio do Brasil, diante da Constituição, que prevê a existência de forças policiais militares e civis”, indica o documento.

“Forças policiais civis são responsáveis pelo trabalho de polícia judiciária e pela investigação de ofensas criminais, salvo ofensas militares”, explicou. “Forças policiais militares são responsáveis pelo policiamento ostensivo e pela preservação da ordem pública”, completa.

O governo ainda indicou que estava adotando medidas para melhorar o controle sobre os policiais, como a criação de um ombudsman. Além disso, estariam treinando de forma permanente os policiais em termos de direitos humanos. Nos últimos anos, diversos organismos da ONU criticaram as mortes ocorridas no Brasil por parte das forças de ordem e apontaram o fenômeno como uma das principais violações de Direitos Humanos no País.

Realizado a cada quatro anos, o evento em que o documento foi apresentado serve para sabatinar Estados sobre políticas de direitos humanos e governos de todo o mundo apresentam recomendações em relação a questões como saúde, educação e a situação de minorias.

Na quinta-feira (20), após avaliação das sugestões, o governo brasileiro volta à tribuna do Conselho de Direitos Humanos para informar os membros sobre quais medidas foram aceitas. Em quatro anos, a ideia é que as propostas aceitas pelo Brasil acabem sendo reavaliadas pelos demais governos, que cobraram a aplicação das recomendações.

EQUÍVOCO - Para o Conselho Nacional do Comando de Comandantes-Gerais das Polícias Militares, o documento da ONU não sugeriu o fim das Polícias Militares. Na visão dos conselheiros, houve equívocos na tradução que levaram os brasileiros a acreditar que era pedido o fim da PM. “O que a Dinamarca sugeriu foram medidas para acabar com a violência extralegal praticada por grupos de extermínio”, argumenta o coronel Atair Derner Filho, da PM de Santa Catarina e secretário-geral do Conselho.

O coronel afirma que a ONU, inclusive, usa o serviço de policiais militares brasileiros para treinar forças de segurança em países com instabilidade política, como Haiti e Timor Leste. “Como não houve recomendação para extinção da PM, no documento atual, ao qual tivemos acesso, de novo não localizamos esse debate”, disse o coronel. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.


William Dib propõe que assassinatos contra policiais, juízes e promotores sejam considerados crimes hediondos.


O Deputado Federal William Dib apresentou, nesta quarta-feira (19), o Projeto de Lei nº 4463/12, que qualifica o crime de homicídio contra agentes públicos e os tipifica como hediondos.
Em sua justificativa, o parlamentar ressaltou que a crescente onda de violência que assola o País, em especial os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, fazem com que o crime organizado se veja encorajado a atacar o poder público. Na primeira linha das vítimas figuram os policiais, os promotores de justiça, os juízes, os agentes penitenciários e outros. Os criminosos buscam disseminar assim suas ações, numa tentativa ousada de provocar o pânico.
Uma prova dessa situação é o número de PMs assassinados no Estado de São Paulo, que neste ano de 2012 é praticamente 40% maior do que a quantidade de casos registrados em todo o ano passado. Foram mortos 48 policiais ao longo de 2011, enquanto nos primeiros nove meses de 2012 foram 67 ocorrências.
Para o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel Roberval Ferreira França, o aumento do número de mortes de policiais é causado por uma disposição do crime em resistir a ações dos agentes do Estado.
William Dib ainda lembrou que os criminosos também matam os fiscais do trabalho, fiscais de renda, e chegam às portas do Poder Judiciário, ameaçando juízes e promotores, ou até mesmo consumando o seu intento, como no caso da morte da juíza Patrícia Acioli em agosto do ano passado no Rio de Janeiro.
Para Dib, o parlamento não pode ficar inerte diante deste quadro. Senado e Câmara têm que exercer os seus papéis no sentido de aperfeiçoar as leis penais. “Se o sistema de justiça do Estado está sendo acuado e não tivermos uma legislação rigorosa, o crime avançará sem temor em toda a sociedade”, afirmou.


domingo, 9 de setembro de 2012

Major Araújo repercurte a assembleia realizada pela UNIMIL dia 05 com Cmt Geral e destaca notícias importantes para os militares.


A UNIMIL agradece ao Secretario de Segurança Pública por ter dito que é a única associação que representa e luta pelos militares goianos.



Carreata realizada dia 05.09.12 da Praça do Trabalhador até a SSPJ onde os militares foram recepcionados pelo Comando da PMGO.


Major Araújo mostra os problemas e anseios dos militares na reunião realizada dia 05.09.12 no Auditório da Secretária de Segurança Pública


Policial no horário de folga reage a assalto em supermercado



Nesta quinta-feira (30/08), por volta das 15h50min, o policial militar soldado Mendes (lotado no 9º BPM), estava, em seu horário de folga, fazendo compras dentro de um supermercado na Rua VF 65, setor Finsocial, quando um homem de capacete adentrou ao estabelecimento empunhando uma pistola e anunciou o assalto. Neste momento, o militar sacou a arma e, informando que era policial, ordenou ao criminoso para se render, porém, o assaltante não obedeceu, esboçando reação, e acabou sendo alvejado por um disparo de raspão.

O policial verbalizou pela segunda vez, mas, novamente, foi desobedecido pelo marginal que, partiu pra cima e foi alvejado pela segunda vez.  O comparsa, que esperava do lado de fora em uma moto, vendo que o roubo havia sido frustrado, evadiu do local deixando o companheiro para traz. O criminoso então saiu do comércio e voltou-se com a pistola em punho na direção do militar, o qual efetuou um terceiro disparo no indivíduo, que caiu desfalecido no chão.

O Corpo de Bombeiros deslocou até o local, prestando os primeiros atendimentos necessários e encaminhou o ferido até o hospital, porém, este não resistiu e veio a óbito. Uma senhora, proprietária de uma farmácia nas proximidades, esteve no lugar da ocorrência e reconheceu o alvejado como autor do roubo ao seu estabelecimento, minutos antes, onde foi levada uma quantia de R$ 500,00 (quinhentos reais), valor este encontrado dentro do bolso do acusado.

A arma usada durante a ação criminosa, depois se constatou que era um simulacro de arma de fogo modelo pistola com o autor qual coagia as vítimas. Segundo o dono do supermercado, aquela foi a terceira vez que o mesmo rapaz roubava o comércio.