quinta-feira, 24 de março de 2011

Destaque nos jornais locais: policiais inocentados
Postado por: Soldado - Délice Brasil Coelho - 24/03/2011 - Matéria Vista: 1603


Policiais inocentados
Julgamento absolveu suspeitos de integrar grupo de extermínio, presos há três anos

Editorias / Cidades

da redação
O tenente Gustavo Rocha e o soldado Antônio Divino da Silva Moreira, policiais militares da cidade de Aragarças, localizada a 410 km de Goiânia, foram absolvidos pelo 2º Tribunal do Júri, na noite de ontem. Eles aguardavam julgamento há cerca de três anos no Presídio Federal de Campo Grande (MS), sob suspeita de fazerem parte de um grupo de extermínio e acobertarem o homicídio de duas pessoas, além de envolvimento em crimes de tortura e pistolagem. Na última terça-feira (22), o sargento Celso Pereira de Oliveira, do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT), foi condenado a 19 anos e 10 meses de detenção, por ser considerado culpado pelos homicídios.
O advogado de Celso Pereira anunciou recurso imediato ao TJ. Os militares Gustavo Rocha, tenente da Polícia Militar que ocupou o cargo por seis meses, e o soldado Antônio Divino da Silva Moreira, foram julgados suspeitos de acobertar o assassinato de João Paulo Sales Bezerra e Rosivaldo José de Almeida, e pela tentativa de homicídio a uma terceira pessoa, no dia 11 de fevereiro de 2008. Os sete jurados que julgaram o caso entenderam que não houve provas suficientes para a condenação e por isso o juiz determinou a liberdade imediata dos militares, após quase 12 horas de julgamento. Familiares que estiveram presentes comemoraram a decisão com aplausos.
O suposto grupo de extermínio conta com a participação de outros quatro policiais, além do que já foi condenado. Vandir Silva e João Oliveira Diniz Júnior serão julgados hoje, no Tribunal do Júri, a partir das 8h30. Por último, Neidimar da Silva Camilo e Odair Fernando Souza de Oliveira terão seus processos apreciados amanhã no mesmo tribunal.
Os sete policiais ficaram detidos por cerca de três anos no Presídio Federal de Campo Grande (MS). A vinda para Goiânia ocorreu poucos dias antes do início dos julgamentos. Os advogados dos policiais absolvidos ontem, Thales José Jayme, José Coelho de Oliveira e Ricardo Naves, defenderam a inocência dos clientes e apontaram que eles já cumpriram três anos de detenção injustamente. Eles consideraram ainda que não era preciso fazer vínculos ao envolvimento do sargento Celso no caso para levantar provas contra os dois militares inocentados. Durante a sessão, houve diversos embates entre os promotores do Ministério Público, Paulo Pereira da Silva e Agnaldo Bezerra Tocantins, que sustentaram a acusação, e os advogados dos policiais, que representaram a defesa. O Ministério Público ainda não recorreu.
Conforme a peça acusatória, os policiais atuavam em dupla, sempre comparecendo ao local dos crimes em uma motocicleta. Os demais envolvidos acobertariam os homicídios quando estavam de serviço e faziam patrulhamento no carro da PM. Os crimes seriam encomendados pelo tenente Neidimar da Silva Camilo, que era o comandante da viatura.
Fonte: Jornal Diário da Manhã

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