segunda-feira, 18 de abril de 2011

Moradores de Águas Lindas ainda não têm acesso à banda larga



Internet na cidade é cara e de pouca qualidade, o que atrapalha principalmente o comércio. Serviço deveria ter chegado em abril, mas contratos estão atrasados.
A mensagem na tela do computador é sempre a mesma: “a página não pode ser exibida. Acessar a internet não é tarefa fácil em Águals Lindas de Goiás. Para o comércio, o serviço faz muita falta. “Hoje, em vez de pedido on line, tudo bonitinho, você está falando com atendente, gastando ligação”, destaca o comerciante Gildemar Silva.

Os moradores dizem que apenas uma empresa de telefonia presta serviço de internet na cidade e reclamam da qualidade e do preço cobrado. “O que faz falta é livre concorrência, pois quebrando o monopólio tem mais velocidade, mais oferta, o preço cai e a velocidade vai melhorar. Custa R$ 103, mas, com telefone pago, [chega a uma] média de R$ 400, R$ 600 por mês. É um prejuízo quando estou emitindo nota fiscal a internet cai, todo serviço vai por água abaixo”, relata o comerciante Gilmar Fernandes.
No ano passado, o governo federal lançou o Plano Nacional de Banda larga, que deveria levar internet rápida para todo país. O Entorno estava entre as primeiras regiões a serem contempladas. Águas Lindas, inclusive, está na lista das cem primeiras cidades que receberiam o serviço, mas até agora nada mudou.

A idéia era que a Telebrás, empresa estatal, fosse a gestora do plano e que empresas privadas levassem o serviço à população. Mas em Águas Lindas, para ter internet, é preciso entrar na fila: são pelo menos dois meses para conseguir o acesso à rede - e quando a internet chega às casas e empresas é preciso paciência.

“Chega certa parte do dia, cai, fica lenta, não consegue enviar um e-mail, não tem como trabalhar. A gente fica a mercê da operadora, é um serviço péssimo, sem garantia nenhuma para gente”, conta o web designer Ramon Silvino.

A Telebrás disse que a banda larga deveria chegar à cidade até 30 de abril, mas os contratos estão atrasados. A nova previsão é de que o serviço esteja disponível a partir de junho. O sinal de internet vai chegar através dos cabos de fibra óptica já instalados pela Petrobrás, para transporte de óleo, e pela Eletrobrás, pela rede de energia elétrica.

Para usar essa rede de fibra óptica, a Telebrás precisa assinar contratos com as empresas. Até agora foram assinados quatro contratos, mas eles estão presos na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A agência precisa liberar para a Telebrás começar a instalar os equipamentos que vão transmitir o sinal de internet. Com a Petrobrás, o contrato ainda não foi assinado, mas está já com a empresa.

Raquel Porto Alegre / José Carlos

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