“Normalmente, quando se fala de polícia, é para reclamar. Lógico, apesar de todos acharem importante o trabalho dos policiais, ninguém gosta de ser revistado, parado por eles. Bafômetro então… nem senador gosta. Em geral, a polícia é o nosso saco de pancada. Todo mundo gosta de bater – de longe , claro. Temos razão muitas vezes, e outras nem tanto, mas hoje a ideia não é bater nem elogiar a corporação, mas provocar uma reflexão a respeito das reivindicações que eles têm feito há algum tempo.Tô falando de uma tal de PEC 300. Lógico que eu não sei profundamente o que é isso, e nem quem são as pessoas que são contra ela, por isso a reflexão é importante. Em um país capitalista, é natural que o objeto central de reivindicações sejam melhores salários para os profissionais terem mais dedicação por suas atividades e ampararem melhor suas famílias. Isso serve pra todo mundo , não seria diferente aqui. Mas o que nós temos com isso? Aí é que eu também quero saber. Depois de pensar um pouco sobre isso, percebi que não se trata somente de aumento de salário para policiais , mas de uma nova ordem, uma reorganização da segurança pública. Sendo assim, seria um problema de todos nós, pois as conseqüências de um novo modelo e de bons salários impactaria diretamente no dia a dia das cidades, na tranqüilidade das instituições.”
Parabéns, e obrigado, Celso, pelo esforço e amplitude de visão, nos mostrando os lados e dimensões que uma medida tão necessária como a PEC 300 pode ter. Ou não.
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