sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sargento da PM evita que tragédia em escola fosse ainda maior




Postado por: Soldado - Ricardo - 08/04/2011 - Matéria Vista: 655

O terceiro sargento da Polícia Militar do Rio Márcio Alexandre Alves, lotado no Batalhão de Policiamento Rodoviário, ontem, 07/04/2011, se transformou em herói. O militar, que trabalha na corporação há pelo menos 15 anos, contou que estava em uma operação policial com a finalidade de reprimir o transporte alternativo, as vans ilegais, quando avistou crianças sujas de sangue vindo em sua direção.

Segundo o policial, as crianças choravam muito e pediam socorro. O sargento, então, correu para o colégio e, na porta, ouviu tiros. Sozinho, o sargento Márcio Alves entrou na escola e se deparou com o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, no corredor. Fardado, Alves efetuou disparos de pistola em direção ao tórax do atirador e pediu para que ele largasse as armas.

“Acredito que o tiro tenha sido no abdômen, mais tarde o governador Sérgio Cabral afirmou que o ferimento foi na perna. Ele caiu na escada, consegui impedir que chegasse ao terceiro andar e se suicidou com um tiro na cabeça. Ele veio com a arma apontada para mim, foi baleado, caiu na escada e cometeu suicídio”.

Logo após o confronto com Wellington, o sargento fez uma varredura na escola antes de tentar socorrer as crianças, pois havia um boato sobre a presença de outro atirador. Há 18 anos na Polícia Militar, Alves disse que a tristeza é grande, mas que também tem o sentimento de dever cumprido.

O ataque, na manhã desta quinta-feira, deixou 12 crianças mortas e 13 feridas.

O policial disse que o filho dele, de 12 anos, telefonou chorando, assim que ouviu o pai na televisão.

"Não me considero herói, tive apoio de mais dois companheiros, cumpri meu dever", disse ele, ao lado dos cabos Edinei Feliciano da Silva e Denilson Francisco de Paula, que também foram ouvidos pela polícia.

Mais cedo, durante uma entrevista ainda dentro da escola atacada, ele contou detalhes da ação do atirador.
"Ele apontou a arma na minha direção, foi baleado, caiu na escada e cometeu o suicídio", contou Alves, que lembrou ainda que o atirador usava um cinturão com munição.

Chamado de herói pelo governador Sérgio Cabral, ele disse que o sentimento é de tristeza pelas vítimas e pelos alunos que presenciaram o ataque. "Se eu tivesse chegado cinco minutos antes, teria evitado", ponderou ele, que tem 18 anos de polícia.

Alves deixou a escola às 13h, sob uma salva de fortes aplausos dos alunos, funcionários e moradores da região, em Realengo.

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