Os policiais militares, juntamente com os bombeiros militares resolveram cruzar os braços. Na manhã desta quinta-feira (11) os bombeiros realizaram uma manifestação no batalhão localizado na avenida Miguel Rosa. O movimento, intitulado “Tolerância Zero: Polícia Legal” cobra do governo melhores condições de trabalho, e segundo os próprios manifestantes, não se trata de uma greve.
Segundo o vereador R. Silva, a paralisação dos bombeiros pode afetar diretamente o aeroporto de Teresina. Os bombeiros que trabalham no local afirmam que se não houver negociação, em questão de horas o aeroporto da capital poderá parar.
- O governo ameaça nossos profissionais dizendo que vai chamar a Força Nacional de Segurança e gostaríamos que ele desse fim a essa ameaça e nos chame para negociar. Até os bombeiros do aeroporto estão correndo o risco de parar se não houver negociação nas próximas horas; disse R. Silva.
FALTA ATÉ PROTETOR SOLAR PARA OS SALVA-VIDAS
Os profissionais reclamam da falta de luvas, máscaras, roupas para incêndio, peças de viatura, e até mesmo, a falta de protetor solar para os salva-vidas do litoral piauiense. Segundo o presidente da Associação dos Bombeiros, Flaubert Rocha, apenas os serviços iminentes a vida estão sendo prestados pelos bombeiros.
- Focos de incêndio no mato, salva-vidas e outras ações de prevenção de acidentes não estão sendo realizados pelos bombeiros neste movimento; conta Flaubert.
Com isso a tendência é que os focos de incêndio, acidentes em balneários e praias aumentem as ocorrências. Os bombeiros também alegam faltar itens básicos de trabalho como sirenes nas viaturas, fechaduras, roupas individuais (que atualmente são usadas em compartilhamento), luvas e outros equipamentos.
POLICIAIS MILITARES NÃO ESTÃO EM DILIGÊNCIA
Equipes de rondas ostensivas das cidades do interior e capital estão sem realizar os trabalhos. Em Teresina, RONE e Ronda Cidadão também aderiram ao movimento. Muitos reclamam até da falta de colete a prova de balas para o trabalho. Batalhões de polícia das cidades de Jaicós, Picos, Esperantina, Piripiri, Luís Correia, Parnaíba, Valença e Água Branca estão de braços cruzados.
- Infelizmente a tendência é aumentar a violência em todo o estado, não por que não queremos trabalhar, e sim por que não temos condições adequadas; disse o Capitão Edivan.
Os militares alegam que chamam a atenção do governo há cerca de 60 dias e não receberam nenhuma proposta para as causas apresentadas. Segundo os manifestantes, os protestos não tem previsão de término, apenas com o avanço das negociações com o governo.
- Os bombeiros e policiais não podem mais trabalhar nessas condições. Queremos diálogo há mais de 60 dias. Infelizmente o governador faz do seu governo um trator, mas pode vir trator, pode vir o que quiser, aqui somos homens, pais de família e vamos fazer a mudança de nosso destino; pontuou o Capitão Edivan.
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