segunda-feira, 26 de março de 2012

Guarda Municipal de Goiânia afirma que pistola taser não é capaz de matar


'Pessoa volta às atividades após 3 segundos', diz subinspetor do órgão.
Na sexta-feira (23), agente teve problema muscular após receber disparo.



A Guarda Municipal de Goiânia afirma que a pistola paralisante, conhecida como taser, não é capaz de matar. A arma está sendo usada pela equipe desde julho do ano passado e tem como objetivo paralisar com um choque os suspeitos, quando eles estiverem com arma branca ou de fogo.
O subinspetor da Guarda, Valdimir Passos, explica que é necessário avaliar em quais circunstâncias a arma poderá ser usada, mas garante que os efeitos do choque não são capazes de matar alguém: “Há situações que devem ser observadas, principalmente, deve-se saber se a pessoa tem condições de receber esse disparo. Por exemplo, uma pessoa correndo em alta velocidade, se receber o disparo, poderá cair e se machucar. Nessas situações, pode haver um dano físico. Quando alguém leva o disparo, perde o controle sensorial e motor, o que leva-o ao solo, mas nada mais que isso, após três segundos ele retoma à atividade normal”.
De acordo com ele, mesmo sem poder letal, a Guarda é orientada a usar o equipamento com cautela. “A equipe deve usa-lá somente em situações que o indivíduo apresente um alto índice de agressão, em defesa da vida do agente e de outras pessoas da comunidade”, diz.
Segurança questionada
A segurança no uso da taser passou a ser questionada depois da morte do estudante brasileiro Roberto Laudísio Curti, de 21 anos, emSydney, na Austrália. Uma reportagem no Fantástico mostrou imagens da câmera de segurança de uma cafeteria, que mostram a perseguição dos policiais ao brasileiro. O estudante caiu depois de levar três ou quatro choques, segundo testemunhas, e de ser atingido também por spray de pimenta. Ele desmaiou e parou de respirar. Os policiais chamaram socorro médico, mas quando a ambulância chegou, o brasileiro estava morto.
Na última sexta-feira (23), um dos alunos do curso da Guarda Municipal de Goiânia foi atendido no Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais) de Campinas com estiramento em um músculo das costas depois de ter recebido um disparo de taser. A Guarda Municipal nega que haja qualquer relação entre o problema muscular e o uso da arma. “Ele foi fazer uma atividade física e, durante essa atividade, teve uma distensão muscular. Ele estava fazendo flexões”, alega o subinspetor. O guarda já se recuperou e voltou aos treinamentos.

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