O boletim interno da Polícia Militar, publicado nesta terça-feira, confirmou a exclusão de 13 policiais militares — sete cabos e seis soldados — por causa do envolvimento na greve da corporação, ocorrida no mês passado. Dez deles pertenciam ao 28º BPM (Volta Redonda). Os outros três atuavam no 15º BPM (Duque de Caxias), 18º BPM (Jacarepaguá) e 39º BPM (Belford Roxo).
No boletim, a PM esclarece que os policiais foram submetidos à Comissão de Revisão Disciplinar por causa da adesão à manifestação, iniciada em 9 de fevereiro, na Cinelândia, no Centro do Rio. “(...) afastaram-se do serviço, regressando para a unidade, sem seguir as regras vigentes na PMERJ”, disse a PM, num trecho do boletim, ao justificar a exclusão dos policiais.
Em cinco páginas, o boletim da Polícia Militar publicou a versão de cada um dos policiais militares expulsos. No último parágrafo, PM informou que o boletim publicado em 8 de fevereiro, um dia antes da manifestação, “orientou de maneira cristalina e precisa todos os integrantes da PMERJ a respeito dos movimentos ditos reivindicatórios, relacionados com manifestações grevistas, deixando claro quais condutas seriam consideradas ilegais”.
Nesta quarta-feira, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) entrou com requerimento junto à Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia, solicitando a convocação do Corregedor da PM, para que sejam prestados esclarecimentos sobre as exclusões.
— É exagerada a decisão de “pena de morte administrativa” para pessoas que reivindicavam melhorias salariais, pois estão tendo a mesma pena de um bandido fardado que vende armas para traficantes, por exemplo — explicou o deputado.
Depois da greve, 69 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da PM, foram transferidos para batalhões comuns. O índice foi superior ao dobro das transferências do ano passado. Em 2011, apenas 32 caveiras deixaram o Bope.
Fonte: O Globo
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