domingo, 22 de maio de 2011

Rapaz de 19 anos é morto com tiro na cabeça em boate no DF


21/05/2011 12h05 - Atualizado em 21/05/2011 20h29

Crime aconteceu na madrugada deste sábado, em Taguatinga.

Havia mil pessoas na boate no momento dos disparos, segundo polícia.

Tiago FalqueiroDo G1, em Brasília
Um rapaz de 19 anos morreu com um tiro na cabeça na madrugada deste sábado (21) em uma boate em Taguatinga (DF). Outra vítima, de 22 anos, ficou ferida com um tiro na perna esquerda. Até a última atualização desta reportagem, a polícia ainda não tinha pistas do autor dos disparos. (Com base em informação da polícia, esta reportagem informou inicialmente que o adolescente tinha 18 anos, mas, de acordo com a família, tem 19. A informação foi corrigida às 15h40.)
No fim da tarde,  a Agência de Fiscalização (Agefis) interditou a boate. De acordo com a agência, a boate não tem alvará de  funcionamento.
Segundo o delegado José Carlos Brito Medeiros, chefe da 21ª Delegacia de Polícia, Reginaldo Pereira da Silva foi vítima de um disparo por volta de 0h20, quando, de acordo com o policial, havia cerca de mil pessoas na boate.
Outra vítima, Gustavo Emanuel de Oliveira Morais, 22, levou um tiro na coxa esquerda. Encaminhado ao Hospital Regional de Taguatinga, foi medicado e liberado em seguida.
Segundo o delegado, um acerto de contas pode ter motivado os disparos. "O tiroteio aconteceu no mezanino da boate, quando muitos tiros, provavelmente de uma arma 380, foram disparados. Se fosse no salão principal do local, a tragédia teria sido bem maior", disse Medeiros.
De acordo com o policial, que esteve no local por volta da 1h, estava muito escuro e o uso de gelo seco atrapalhava a visibilidade. "O consumo de bebida alcoólica também atrapalhou as testemunhas no reconhecimento", afirmou Medeiros.
Segundo o delegado-chefe, o autor deve ter fugido quando a confusão motivada pelos tiros foi formada. "Com o corre-corre, os seguranças abriram as portas e muita gente saiu. Só depois, o lugar foi fechado e as pessoas revistadas", disse o delegado.
Responsabilidade
O delegado-chefe ainda afirmou que os organizadores da festa e a empresa de segurança podem ser responsabilizados criminalmente pelo ocorrido. "Havia apenas 12 seguranças para quase mil pessoas, o que é muito pouco. Seria preciso, no mínimo, de 50", explica.
Segundo ele, o alvará para festa falava em um público máximo de 350 pessoas. "Dá para pensar até em um dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de uma tragédia como essa acontecer. Mas é certo que um crime culposo [quando não há intenção] se enquandra no caso, declarou.

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